Ivan Richard e Iolando Lourenço
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, que atualmente defende o empresário de jogos ilícitos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, repudiou hoje (1º) a representação apresentada pelo procurador regional da República no Rio Grande do Sul Manoel Pastana por suposta prática de crime de lavagem de dinheiro ou receptação não intencional de recursos de atividades criminosas.
Em nota, o ex-ministro da Justiça durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva argumenta que a representação “trata-se de retrocesso autoritário incompatível com a história democrática do Ministério Público”. Segundo Thomaz Bastos, o procurador “confunde deliberadamente” réu e advogado.
No último dia 29, o procurador entrou com ação na Procuradoria da República em Goiás contra o ex-ministro alegando que os honorários pagos pelo contraventor seriam de fonte ilícita. Na representação, Pestana ainda pede a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Thomaz Bastos e informações ao Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) sobre possíveis movimentações ilegais de dinheiro no exterior.
De acordo com Thomaz Bastos, os honorários recebidos por seu escritório para a defesa de Carlinhos Cachoeira respeitam as leis do país e seguem as diretrizes do Código de Ética da Advocacia. “O escritório, como qualquer outra empresa, respeita todas as regras impostas pela Receita Federal do Brasil. Causa indignação, portanto, a tentativa leviana de intimidar o advogado para cercear o direito de defesa de um cidadão. Trata-se de lamentável desvio de finalidade”, diz trecho da nota.
Edição: Fábio Massalli