Da Agência Brasil
Brasília - A greve dos rodoviários no Maranhão completa cinco dias nesta sexta-feira. A Justiça, que considerou a greve ilegal, determinou que os empregados voltem a trabalhar imediatamente, mas a ordem não foi cumprida. A paralisação segue sem previsão de novas negociações.
Devido ao não cumprimento das medidas judiciais, foram estabelecidas multas diárias de R$ 40 mil ao Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão (Sttrema) e de R$ 80 mil para os empresários pela presidenta do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Maranhão, desembargadora Ilka Esdra Silva de Araújo. A intenção é inibir atitudes que adiem o cumprimento das ordens.
Em reunião realizada na quinta-feira (24) na sede da Ordem dos Advogados do Brasil no estado, nenhum representante da prefeitura apareceu para discutir o fim do movimento grevista. Cobradores e motoristas exigem 16% de reajuste nos salários e não aceitaram a proposta de 7% determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
"A greve continua. Na reunião de ontem não houve acordo entre as partes e não há previsão de quando a greve vai acabar", disse o superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte de São Luís (SET), Luís Cláudio Siqueira.
Em nota pública, a Ordem dos Advogados do Brasil do Maranhão (OAB-MA), mediadora dos conflitos entre empresários e trabalhadores, concluiu que o avanço das negociações depende da participação da prefeitura de São Luís. A reunião foi suspensa e novos acordos só serão feitos com a presença do Poder Executivo Municipal. Cerca de 650 mil pessoas estão sendo prejudicadas com a suspensão dos serviços de transporte público em São Luís.
Representantes da prefeitura de São Luiz e dos sindicatos das empresas de transporte foram procurados, mas não foram encontrados para comentar sobre a greve.
Edição: Fábio Massalli