Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas depois de o terremoto de 6 graus na escala Richter atingir o Norte da Itália, na região de Bolonha. As pessoas passaram a noite de ontem para hoje (21) em abrigos com medo de novos tremores de terra que ainda afetam a região. Pelo menos sete pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas. Diversos edifícios históricos foram danificados.
O terremoto desse domingo (20) é o pior ocorrido na Itália desde o de L'Aquila, que matou cerca de 300 pessoas em 2009. O Norte da Itália é atingido frequentemente por terremotos de pequeno porte.
Equipes de segurança civil da cidade de Finale Emilia montaram barracas em um campo de futebol para acomodar centenas de moradores. Muitos tiveram as casas destruídas, mas alguns estavam com medo de retornar ao lugar onde moravam. "A situação atual é muito tensa, mas não dramática", disse o coordenador da equipe, Diego Gottarelli.
Um segundo tremor de magnitude 5,1 graus na escala Richter atingiu o Norte da Itália, destruindo mais edifícios, que estavam com as estruturas fragilizadas. O epicentro do primeiro terremoto foi entre as cidades de Finale Emilia, San Felice e Sermide, que ficam cerca de 35 quilômetros ao norte de Bolonha. Também foi percebido em Milão e Veneza.
As vítimas incluem dois trabalhadores de uma fábrica de cerâmica em Sant'Agostino. Uma terceira pessoa, que deve ser de origem marroquina, segundo informações preliminares, morreu em Ponte Rodoni do Bondeno e um trabalhador de Tecopress di Dosso morreu depois que o telhado em que estava caiu. Três mulheres também morreram de ataques cardíacos em consequência do terremoto, segundo relatos.
A TV italiana mostrou diversos edifícios históricos da região reduzidos a escombros. O teto de uma capela do século 6, reformada em San Carlo, próxima à cidade de Ferrara, caiu, deixando as estátuas e a decoração interna expostas. A restauração da capela havia durado oito anos.
*Com informações da BBC Brasil//Edição: Graça Adjuto