Mapa restringe entrada de animais em seis estados para tentar comprovar inexistência do vírus da aftosa

17/05/2012 - 21h30

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) restringiu, a partir de hoje (17), a entrada de animais vivos suscetíveis à febre aftosa e seus produtos e subprodutos nos estados de Alagoas, Pernambuco, do Ceará, Maranhão, Piauí e do centro-norte do Pará. Eles estão envolvidos em um inquérito soroepidemiológico para avaliar se ainda existe circulação do vírus da doença em seus territórios. Durante o período, os estados não podem receber, sem antes passar por um período de quarentena, bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos e seus derivados de áreas classificadas como médio risco ou de maior risco.

O objetivo da restrição e das análises é comprovar que essas regiões podem ser consideradas livres de aftosa com vacinação e ampliar o território nacional com esse status. Segundo o coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), Plínio Lopes, para garantir a fiscalização, há nas divisas dos seis estados 27 barreiras fixas e 23 móveis.

O Rio Grande do Norte e a Paraíba, apesar de também terem status de médio risco, não entraram no grupo porque ainda não resolveram os problemas de estrutura e de avaliação soroepidemiológica.

Para que animais desses estados entrem na área restringida hoje, eles terão de ficar em quarentena de 30 dias e submetidos a exames sorológicos nas propriedades de origem e, depois mais 14 dias no destino, caso sejam enviados direto para abate em frigoríficos. Além deles, os estados de Roraima, do Amapá e Amazonas, classificados como alto risco, também não foram incluídos no processo.

Segundo Lopes, caso todo o cronograma seja obedecido adequadamente, a previsão é que o processo sorológico da área termine em outubro. A meta do Mapa é ter todo território nacional reconhecido como livre de aftosa com vacinação até o fim de 2013, para receber poder receber o status oficial na assembleia da Organização Mundial da Saúde Animal, em 2014.  

 

Edição: Aécio Amado