Mantega afasta possibilidade de consequências políticas com mudanças na poupança

03/05/2012 - 20h37

Luana Lourenço e Wellton Máximo
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (3) que as mudanças na remuneração da poupança não terão consequências políticas e que a proposta recebeu apoio de lideranças partidárias, centrais sindicais e grandes empresários.

“É importante para o governo fazer as reformas necessárias para o país, para que possamos continuar a ter bom desenvolvimento e crescimento sustentável. Não é a política que nos pauta. Sabemos que a população quer mais emprego, juros mais baixos e é isso que nos pauta”, disse Mantega ao anunciar a mudança.

O critério atual de remuneração da poupança – de 6,17% ao ano mais variação da taxa referencial (TR) – vai ser substituído pela variação da TR mais 70% da Selic, quando a taxa básica de juros chegar a 8,5% ao ano ou menos. Atualmente, a Selic está fixada em 9% ao ano.

A alteração valerá apenas para os depósitos feitos a partir da edição da medida provisória, o que ocorrerá amanhã (4). Assim, quem tem uma caderneta de poupança terá o saldo corrigido de duas formas: pelo rendimento tradicional, para o dinheiro guardado até hoje e pela nova regra, para os futuros depósitos.

Segundo Mantega, as mudanças, que serão editadas por medida provisória e entrarão em vigor nesta sexta, foram discutidas com lideranças partidárias e representantes sindicais e do empresariado. A medida, de acordo com ele, recebeu apoio dos setores consultados. “Não houve nenhuma voz dissonante que disse que era inoportuno fazer isso, mesmo estando em ano eleitoral. Não houve nenhuma crítica à medida. Houve sugestões, recomendações, mas nenhuma crítica”, disse o ministro.

Edição: Lana Cristina