Alemão recebe as duas primeiras UPPs do complexo de favelas

18/04/2012 - 16h38

Da Agência Brasil


Rio de Janeiro – Quase dois anos após a entrada das forças de paz no Complexo do Alemão, zona norte da capital fluminense, o governo do estado do Rio de Janeiro inaugurou hoje (18) as duas primeiras unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do complexo de favelas. As UPPs das comunidades da Fazendinha e de Nova Brasília vão contar com um efetivo de 660 policiais recém-formados, que farão o patrulhamento de proximidade com os moradores.

Segundo o comandante-geral das unidades de Polícia Pacificadora, coronel Rogério Seabra, as próximas comunidades que receberão em breve UPPs serão o Alemão e Adeus/Baiana. A previsão é que, até 30 de junho, todas as unidades que atenderão o Complexo do Alemão e da Penha estejam em funcionamento. A data marca também a saída definitiva das forças de paz do Exército da região.

Para o governador do estado, Sérgio Cabral, a polícia ainda vai encontrar muitos desafios no local que, por muitas décadas, viveu sob o domínio do tráfico. “As UPPs não convertem as comunidades de uma hora para outra em paraísos, mas, sem dúvidas, muda a vida destas pessoas. Os conflitos continuarão, é da natureza humana, eles existem em bairros e comunidades, mas quando o Estado se encontra presente isso é bastante diferente”, destacou.

Já o comandante militar do Leste, general Adriano Pereira Júnior, destacou a importância do Exército para consolidação da paz na região. “É uma área bem mais pacificada em relação à que recebemos há 17 meses. Hoje, é uma região muito mais tranquila para a polícia trabalhar”, avaliou.

Os complexos de favelas do Alemão e da Penha estão ocupados desde novembro de 2010. Na ocasião, para a tomada do local, uma megaoperação foi montada, envolvendo Polícia Militar, Exército e Marinha, além das polícia Federal e Rodoviária Federal. Na operação, os agentes de segurança apreenderam centenas de armas, grande quantidade de drogas, além de recuperar vários veículos roubados. Segundo informações da polícia, a ação não conseguiu evitar que a maioria dos bandidos fugisse do complexo de favelas.

Edição: Lana Cristina