Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os catadores do Aterro Sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, não ficaram satisfeitos com a decisão da prefeitura do Rio de antecipar o fechamento do lixão para o dia 23. A data original era 5 de junho. Para o presidente da Associação dos Catadores do Aterro de Gramacho, Sebastião Santos, a decisão foi equivocada porque ainda não foram implementadas as medidas para minimizar os impactos sociais decorrentes do fechamento do lixão.
Sebastião Santos disse que o fundo de R$ 1,4 milhão, criado para garantir renda mínima aos 1,8 mil catadores de Gramacho e financiar políticas de inclusão, ainda não saiu do papel. "Não existe um centavo desse fundo depositado, tampouco há uma conta aberta". O fundo deve garantir aos catadores de Gramacho uma indenização pelo tempo que trabalharam no local e recursos para capacitação em reciclagem. Os catadores também serão incorporados ao Programa Bolsa Família.
De acordo com a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), com o fechamento do aterro sanitário, a nova Central de Tratamento de Resíduos (CTR), em Seropédica (também na Baixada Fluminense), que começou a funcionar no dia 20 de abril, vai receber gradativamente os resíduos que eram destinados ao lixão. O Aterro Sanitário de Gramacho, que ocupa uma área de 1,3 milhão de metros quadrados às margens da Baía de Guanabara, recebe 1.967 toneladas de lixo do município do Rio e 1.726 toneladas dos municípios vizinhos por dia.
Edição: Vinicius Doria