Gilberto Carvalho classifica ações em Jirau de “banditismo” e "vandalismo"

04/04/2012 - 13h41

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, classificou hoje (4) de atos de “banditismo” e “vandalismo” o incêndio e a depredação de alojamentos de trabalhadores na Usina Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira (RO), ocorrida na madrugada de ontem (3). Na avaliação do ministro, o conflito não ocorreu por disputas sindicais no local.

“Não consideramos a ação que aconteceu lá uma ação sindical, mas de vandalismo, banditismo e, como tal, será tratada”, disse. “Isso não é ação de trabalhador, não é ação sindical e tem que ser tratado em outros termos, [termos] da questão judiciária e policial", completou. Segundo ele, agora é preciso identificar de onde está partindo o movimento que "causa desordem no local".

Para o ministro, não há risco de situação semelhante ocorrer na Usina de Belo Monte, no Xingu, pelas características específicas do conflito em Jirau. “Belo Monte é outro problema, tem uma resistência localizada da sociedade civil que temos que respeitar que é o movimento Xingu Vivo, entre outras, e esse movimento é muito ativo e ele procura também fazer uma aliança com os trabalhadores para inviabilizar a continuidade da obra.”

Na madrugada de ontem (3), houve incêndio e depredação em cerca de 30 unidades de alojamentos dos trabalhadores da Usina Jirau, aproximadamente 30% do total. O conflito ocorreu após os trabalhadores em greve terem decido, em assembleia, aprovar o acordo feito com a intermediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Ontem, o governo decidiu reforçar a segurança nas obras de construção da Usina Jirau com o envio de mais 120 homens da Força Nacional de Segurança Pública para o local. Atualmente, 100 homens da força estão na região. “Diante do desrespeito que isso significou à decisão da maioria dos trabalhadores, decidimos agir com muita radicalidade, reforçamos a Força Nacional e queremos assegurar democraticamente o direito de os trabalhadores que decidiram, por maioria, voltar ao trabalho”, explicou Cavalho.

Edição: Talita Cavalcante