Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Grupo dos Amigos da Síria, formado por países de vários continentes, reúne-se hoje (24) em Túnis, capital da Tunísia. A ideia é apresentar propostas que solucionem o impasse na região, que completa um ano em março. Há 11 meses, o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, é alvo de protestos e de pressão internacional. A situação se agravou com a morte de dois jornalistas – uma norte-americana e um francês – anteontem (21), durante bombardeios.
As autoridades da Rússia informaram que não participarão das discussões na Tunísia. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Alexandre Lukachevitch, disse que eles não foram convidados. Para os russos, a reunião ocorre sem o consentimento do governo Assad e com o apoio da oposição ao regime.
O Grupo dos Amigos da Síria é formado pela Liga Árabe (composta por 22 nações), a União Europeia (integrada por 27 países), alguns países da Organização da Conferência Islâmica (que reúne 57 nações), além dos Estados Unidos, do Brasil e da Índia – que são observadores na Liga Árabe.
Os conflitos na Síria duram quase um ano. Nesse período, mais de 7 mil pessoas, a maioria civis, morreram. Há denúncias de violações de direitos humanos, como torturas, inclusive contra mulheres e crianças, violência sexual, prisões e assassinatos. O governo Assad nega as acusações, informando que atua contra grupos terroristas.
Na semana passada, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou resolução recomendando o fim da violência e a adoção de medidas democráticas no país. No entanto, depois da aprovação da medida, os bombardeios na Síria permaneceram. Não houve sinalização por parte de Assad de atender aos apelos da comunidade internacional.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto