Turistas brasileiros ocupam 68% dos leitos em hotéis cariocas no carnaval

17/02/2012 - 17h49

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Pesquisa divulgada hoje (17) pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Seção Rio de Janeiro (ABIH-RJ) mostrou que o turista brasileiro fez 68% das reservas dos leitos cariocas durante o carnaval.

Segundo o vice-presidente da ABIH-RJ, Paulo Michel, a crise econômica internacional, sobretudo na Europa, causou a mudança no perfil do turista. “Este ano, a maior parte das reservas foi feita por turistas domésticos. Essa é uma inversão que a gente está percebendo. A tradicional festa do carnaval, que sempre foi internacional para a gente, este ano está se mostrando mais nacional”.

De acordo com a pesquisa, os hotéis de três e quatro estrelas lideram a ocupação no município do Rio de Janeiro, com média de 92,65% dos quartos ocupados. O resultado supera o dos hotéis de cinco estrelas, cuja ocupação atinge 83,63%.

Apesar disso, Michel considerou que a ocupação “está alta, está boa. A gente não está sentindo efeito negativo [da crise], porque está sendo compensado pelo turista brasileiro e sul-americano”.

A pesquisa indica também que a ocupação média para o carnaval alcançou 92,43% na capital fluminense. Os bairros do Flamengo e Botafogo concentram a maior procura (97,50%), seguidos pelo centro da cidade, com 96,45%. Segundo Michel, a expectativa é atingir entre 96% e 97% até o final do carnaval.

A professora de jovens e adultos Cida Abreu, formada pelo Instituto Paulo Freire, é uma das turistas nacionais que frequenta o carnaval do Rio de Janeiro. Ela veio de Brasília com a família, para brincar nos blocos de rua.

“Não dá para deixar de vir ver o carnaval do Rio de Janeiro. Principalmente agora que o governo está investindo no carnaval de rua, que é um carnaval familiar. E a gente que tem filhos adolescentes, tem muitos amigos no Rio, vem sempre para passar o carnaval com os amigos e curtir o carnaval de rua”.

Michel informou que na Região dos Lagos, a ocupação dos hotéis está aquecida. Já na serra fluminense, ainda existem vagas, porque a região, “não tem tanto apelo para carnaval”.


Edição: Rivadavia Severo