Greve de policiais militares afeta turismo na Bahia

09/02/2012 - 11h41

Da Agência Brasil

Brasília - O presidente do Conselho Baiano de Turismo, Sílvio Pessoa, disse hoje (9) que os hotéis de Salvador ficaram praticamente parados durante a greve da Polícia Militar, que completa nove dias. “Os hotéis receberam pouquíssimas reservas nesse período e as pessoas que costumam fazer reservas de última hora nem apareceram”, acrescentou.

Silvio Pessoa disse ainda que a região metropolitana da capital baiana tem 11 mil bares e restaurantes e que nos últimos dez dias as perdas chegaram a 35%. Segundo ele, durante o carnaval, a capital baiana costuma ter 100% de ocupação de hotéis, mas neste ano a expectativa é receber até 70%. "A greve dos policiais realmente prejudicou a economia, teremos grandes problemas de faturamento".

Nesta época do ano, a Bahia costuma receber 500 mil pessoas. Silvio explicou que integrantes do Conselho Baiano de Turismo estão em uma das maiores feiras do setor no país, em São Paulo, para divulgar o estado. “Queremos cobrar da Secretaria de Turismo uma agenda positiva, mostrando que a normalidade voltou, fazendo campanhas para levantar a autoestima e lembrando o orgulho de ser baiano, além de uma aproximação da população com a PM e de campanhas de publicidade”.

Agente de turismo de uma empresa em Brasília, Raiana Oliveira disse que os cancelamentos estão em torno de 20%. “E, infelizmente, acredito que vai ter mais”, acrescentou.

A menos de dez dias do início da festa de carnaval, a estudante universitária Danielle Vasconcelos, 23 anos, ainda não pensa em desistir das passagens e da reserva para Salvador. Ela disse ter esperança de que a situação se resolva antes. “Alguns amigos que vão comigo já cogitaram desistir, mas acredito que, como é uma greve, dá tempo de o conflito se resolver antes do carnaval”.

O estudante Alan França, 23 anos, também pretende passar o carnaval na capital baiana. Segundo ele, fica impossível conseguir hospedagem em cima da hora. “Já pensei em desistir da viagem sim, mas acredito que se houver o fim da greve, o governo deve reforçar a segurança”.

Edição: Graça Adjuto