Exército e Força Nacional podem atuar no Rio caso PMs e bombeiros entrem em greve, diz Beltrame

09/02/2012 - 12h29

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Tropas do Exército e da Força Nacional de Segurança Pública podem ser convocadas para atuar no Rio de Janeiro caso os bombeiros e policiais militares fluminenses deflagrem greve por aumento salarial nos próximos dias. Segundo o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, a medida faz parte de um protocolo de ações que está sendo apresentado hoje (9), durante reunião entre representantes da secretaria no Comando Militar do Leste.

“As polícias do Rio têm um protocolo de ações para atuar em situações emergenciais, como uma greve, que engloba as ações do Exército, da Força Nacional ou o esforço das próprias polícias estaduais. Isso tudo vai depender se o movimento vai sair e a dimensão que ele vai tomar”, disse Beltrame, por telefone, à Agência Brasil. O secretário viajou a Brasília nesta manhã para participar de um encontro com autoridades da segurança pública de outros estados.

Ele acrescentou que o governo espera que essas medidas não sejam necessárias, mas garantiu que o estado está “pronto para atuar e para manter a ordem e a paz”.

Beltrame também informou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com quem esteve reunido na noite de ontem (8), juntamente com o governador do Rio, Sérgio Cabral, ofereceu total apoio das equipes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

O secretário enfatizou ainda que os aumentos salariais oferecidos pelo governo fluminense entre os anos de 2007 e 2014 comprovam o “reconhecimento desses profissionais”. “Durante décadas os policias ganharam muito mal e não tiveram as perdas salariais repostas. Mas numa realidade inflacionária que gira em torno de 6%, o que está se dando nesse período é mais do que 100%, o que comprova uma movimentação concreta”, destacou.

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) deve votar hoje (9) o Projeto de Lei 1.184/12, que trata de aumento concedido a servidores da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e de agentes penitenciários. O texto seria votado na última terça-feira (7), mas foi retirado de pauta após receber 78 emendas.

 

Edição: Lílian Beraldo