Douglas Corrêa

Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O prefeito do Rio, Eduardo Paes, classificou como delinquentes os quatro funcionários de uma concessionária prestadora de serviço, que furtaram pertences de vítimas dos desabamentos. O material recolhido do local do desabamento foi levado para um terreno no bairro do Caju, zona portuária da cidade, onde ocorreu o saque. Segundo prefeito, todos estão demitidos.

“Eu vejo com muita tristeza, com uma certa raiva. Os nomes [dos saqueadores] já foram passados para a polícia, e eles foram demitidos da concessionária lá do Porto do Rio”, disse.

O prefeito declarou ainda que não houve desleixo das autoridades em preservar o local onde foi depositado o entulho. “Nós já fizemos uma reunião com a delegada Martha Rocha [Chefe de Polícia Civil]. Desde o primeiro momento, nós levamos os escombros para o quilômetro zero da [Rio-Petrópolis]. O terreno está sendo protegido pela Polícia Militar, com auxílio de quatro câmeras permanentemente filmando e vigiando esse entulho”.

Paes disse também que já está definida a contratação de uma empresa para fazer a separação do que é entulho dos objetos pessoais e documentos de empresas e escritórios. “Nós vamos cuidar disso. Depois a Polícia Civil assume com a Polícia Técnica para tentar definir as causas do desabamento. Nós até queremos o acompanhamento da Associação de Vítimas da Treze de Maio [criada ontem]. Eles estão corretos. Nós vamos abrir o espaço lá para eles acompanharem, e vamos da toda a assistência e atenção”, declarou o prefeito.

Representantes da Associação das Vítimas da Avenida Treze de Maio vão fazer uma visita amanhã (31) ao depósito da prefeitura na Rodovia Rio-Petrópolis. De acordo com a entidade, os parentes das vítimas e pessoas que tinham escritórios nos prédios que desabaram serão avisadas todas as vezes que alguma coisa, como objetos, documentos, cofres ou qualquer outro pertence, for encontrada. A associação colocou à disposição das vítimas da tragédia o celular (21) 8031-9212.

Edição: Aécio Amado