Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Depois de divulgar as regras para a troca das próteses rompidas da Poly Implant Prothese (PIP) e Rofil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que a recolocação de implante de silicone será discutida amanhã (13), em reunião com membros da agência reguladora, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde.
Em comunicado divulgado no início da tarde, a ANS disse que os planos de saúde são obrigados a pagar todos os gastos com a cirurgia de retirada dos implantes com defeito das pacientes, mesmo as que colocaram por motivo estético (aumento do tamanho das mamas). Já a recolocação do implante (cirurgia e compra das próteses) é garantida apenas para as mulheres que passaram por uma reconstrução mamária. No caso da paciente que colocou o implante por finalidade estética, o custo da nova prótese fica por conta da mulher, informou a agência reguladora no final do dia.
O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, disse ontem (11) que os planos de saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS) vão bancar a troca das próteses rompidas das pacientes, independente da cirurgia, ou seja, reparadora ou estética.
Em entrevista hoje (12) à Agência Brasil, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que um “consenso” sobre a troca das próteses ainda não foi firmado. “Nós vamos sentar com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar], a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e a Sociedade Brasileira de Mastologia para definir esse consenso, inclusive qual a melhor forma de conduzir isso em relação a essas mulheres", disse o ministro. Segundo Padilha, é preciso ter "indicações" para a retirada das próteses, avaliar se é necessário, ou não, colocar nova prótese.
Calcula-se que 12,5 mil brasileiras têm implantes da francesa PIP e 7 mil, da holandesa Rofil. A Anvisa recebeu queixas de 39 pacientes com ruptura do implante da marca francesa.
Edição: Rivadavia Severo