Desemprego na América Latina e no Caribe deve se manter estável, diz OIT

12/01/2012 - 17h17

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O crescimento da América Latina e do Caribe neste ano deve ficar na faixa de 4%, e a tendência é de que o desemprego na região mantenha-se em torno de 6,8%, assim como no ano passado. A estimativa foi feita hoje (12) pelo coordenador nacional do Projeto de Monitoramento e Avaliação do Trabalho Decente da Organização Internacional do Trabalho (OIT), José Ribeiro, durante a apresentação dos dados do relatório Panorama Laboral.

O relatório da OIT analisa a situação do trabalho em 16 países da América Latina e do Caribe.

De acordo com Ribeiro, a grande preocupação da OIT, no que se refere ao emprego nas duas regiões é que a crise econômica na Europa e nos Estados Unidos, que afeta a geração de empregos, não contamine a região.

“A economia da América Latina tem suas especificidades, mas tem uma certa dependência em relação às economias mais desenvolvidas. Diante disso, a OIT vem defendendo que as políticas de emprego tenham como base a promoção da trabalho decente”, disse Ribeiro.

Um dos desafios para a América Latina e o Caribe é reduzir a informalidade no mercado, que afeta cerca de 50% dos trabalhadores das duas regiões. Segundo Ribeiro, 93 milhões de pessoas estão na informalidade na região. Somente no Brasil, são  42,1%  dos trabalhadores nessa condição.  

Dados do relatório da OIT estimam que, no ano passado, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) tenha ficado em torno de 4,5%, na comparação com o resultado do ano anterior. O desemprego urbano na região continuou caindo – estima-se que, em 2011, a taxa de desemprego da região atinja 6,8% da população economicamente ativa.

Edição: Nádia Franco