Defesa Civil diz que situação na região metropolitana de Belo Horizonte preocupa

19/12/2011 - 14h21

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Continua a chover forte em Belo Horizonte (MG) e a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil já admite que a situação é preocupante em toda a região metropolitana da capital. Somente entre a meia-noite e as 13h de hoje (19), foram registrados 81 pedidos de atendimento feitos por moradores de áreas afetadas pela chuva. A maior parte das ocorrências está relacionada a deslizamentos de encostas e a moradias em risco.

Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, coronel Alexandre Lucas, o solo está saturado em função do volume de água que atingiu a região nos últimos dias e em vários locais há sinais de muros de arrimo prestes a ceder. Somente nos primeiros 18 dias de dezembro, choveu 516 milímetros, ou 61% acima da média esperada para todo o mês. No último sábado (17), a prefeitura de Belo Horizonte decretou situação de emergência.

“A situação é muito preocupante. Apesar de não termos nenhuma vítima até o momento, estamos preocupados com a possibilidade de que os muros de arrimo comecem a ceder e nossos pessoal está removendo famílias de áreas de risco”, disse o coronel à Agência Brasil,. Ele explicou que em função da topografia acidentada da capital mineira e região, toda a cidade é alvo de preocupação. “Mas, principalmente as áreas ocupadas por famílias de baixa renda, cujas construções são mais vulneráveis”.

O coronel destacou a necessidade de que todas as pessoas estejam atentas a qualquer sinal de perigo, como deslizamento de terra, mesmo que em pequena quantidade; queda de árvores; trincas ou rachaduras em paredes; rebaixamento de pisos; volume excessivo de água em terrenos sem cobertura vegetal. A atenção precisa ser redobrada à noite.

“É preciso entender que, em situações assim, a responsabilidade é de todos. Todos devem adotar medidas preventivas. E quem mora próximo a encostas ou em locais onde os muros de arrimo apresentam alguma anormalidade, deve deixar sua casa e procurar abrigo”, comentou Lucas.
  
De acordo com o coronel, a capacidade dos abrigos municipais está longe de ser atingida, principalmente porque a maior parte das pessoas removidas por precaução foi para a casa de parentes ou amigos.

Edição: Graça Adjuto