Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Na Semana Nacional de Acessibilidade e Valorização da Pessoa com Deficiência, apesar de uma série de conquistas a comemorar, os brasileiros ainda têm muitos desafios a enfrentar. A comemoração é pela execução de ações para melhorar a qualidade de vida e os desafios referem-se basicamente à necessidade de ampliar essas medidas. O alerta é do secretário nacional de Promoção da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Antônio José Ferreira.
Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, Ferreira defendeu a integração dos órgãos federais, estaduais e municipais. Segundo ele, é fundamental também que as autoridades planejem as ações referentes à Copa do Mundo de 2014 como projetos permanentes e que ajudarão na melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência.
“Nós temos essa preocupação”, disse Ferreira, lembrando que o Programa Minha Casa, Minha Vida 2 projetou todas as unidades com acessibilidade interna e espaço para circulação de cadeiras de rodas, por exemplo. “Temos a preocupação de sair dos grandes centros [urbanos] e chegar às cidades pequenas.”
O secretário lembrou que no Brasil há aproximadamente 45 milhões de pessoas “com algum tipo de deficiência”. O próprio Ferreira é deficiente visual e disse que é necessário observar que as pessoas com deficiência têm necessidades distintas, conforme as limitações que apresentam. “A presidenta Dilma lançou o programa Viver sem Limite, que é um grande programa de integração de políticas envolvendo 15 ministérios em diversas ações até o final de 2014”, ressaltou Ferreira.
Ele disse ainda que, apenas no Viver sem Limite, deverão ser investidos R$ 7,6 bilhões, garantindo a ampliação de condições para a inclusão social – acesso à educação e à saúde, por exemplo. Segundo ele, estão sendo providenciados 2,6 mil ônibus escolares adaptados, além da contratação de professores que são intérpretes de língua brasileira em sinais.
De acordo com o secretário, serão abertas 150 mil vagas de qualificação profissional e 45 novos postos de habilitação para atender a pessoas com deficiências físicas, visuais e intelectuais, que terão também condições de realizar o chamado teste do pezinho – um exame feito em laboratório para identificar doenças infecciosas e genéticas.
Edição: Nádia Franco