Parlamento de Honduras autoriza militares a assumir funções policiais para conter violência

01/12/2011 - 8h55

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
 

Brasília – Em Honduras, os militares assumirão tarefas policiais na tentativa de conter a onda de violência e criminalidade no país. A decisão foi autorizada pelo Parlamento hondurenho, que aprovou a proposta da atuação militar como força de segurança nacional. O presidente de Honduras, Porfirio Pepe Lobo, disse estar confiante de que os resultados que serão obtidos a partir dessa nova ação.

Pelos dados da organização não governamental Observatório da Violência em Honduras, a taxa média de mortes no país no primeiro semestre deste ano ficou em 43,7 para cada 100 mil habitantes. Por dia, foram registradas 20 mortes, em média, a maior taxa de assassinatos per capita da região latino-americana.

De acordo com o Estudo Global sobre Homicídios de 2011, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, na América Central houve, em média, 82,1 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes, representando (em média) 20 assassinatos por dia.

"Agora as Forças Armadas poderão participar ajudando o nosso povo. Estou muito empenhado em manter a segurança e contribuir para atingir esse objetivo para o povo viver em paz e de forma sossegada", disse Lobo.

Pela legislação hondurenha em vigência até então, os militares podiam acompanhar as tarefas de segurança preventiva. Porém, não estavam autorizados a prender pessoas nem a fazer buscas. Para os especialistas em direitos humanos de Honduras, a nova tarefa dos militares pode levar a casos de violações dos direitos fundamentais dos cidadãos.


*Com informações das agências públicas de notícias do Peru, Andina, e da Venezuela, AVN // Edição: Juliana Andrade