Ritmo de operações de crédito da Caixa é o mais forte do sistema financeiro

20/11/2011 - 13h03


Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Desde que passou a ter atuação comercial mais forte, nos últimos quatro anos, a Caixa Econômica Federal manteve ritmo crescente na concessão de crédito pessoal e para empresas, o que lhe rendeu expansão de 39,5% em operações de crédito nos últimos 12 meses até setembro – resultado mais que o dobro da evolução média dos empréstimos do Sistema Financeiro Nacional (SFN), disse o vice-presidente de Controle e Risco da Caixa, Raphael Rezende.

De acordo com números do balanço do terceiro trimestre (julho a setembro), divulgados na última quarta-feira (16), o estoque de empréstimos da Caixa somava R$ 227 bilhões no fim de setembro, equivalentes a 11,76% de todas as operações de crédito do SFN, que totalizavam R$ 1,929 trilhão, ou 48,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nas contas do Departamento Econômico do Banco Central.

A evolução da Caixa na concessão de crédito foi mais acentuada exatamente de outubro de 2010 a setembro deste ano, segundo Rezende. Período no qual o banco financiou R$ 71,5 bilhões, sendo R$ 33,2 bilhões para pessoas físicas (+ 26% que no ano anterior) e R$ 38,3 bilhões para pessoas jurídicas (+ 39,3%). Como o ritmo forte das contratações se manteve de lá para cá, a Caixa trabalha com expectativa de empréstimos acima de R$ 100 bilhões em 2011.

Rezende declarou à Agência Brasil que o crescimento maior em relação aos demais bancos é devido a diferentes fatores. Entre eles a atratividade representada por taxas de juros mais baixas, aumento de 8,5% da base de clientes (são 56,4 milhões de contas-correntes e de poupança), aumento das operações de financiamento habitacional e de pagamentos de benefícios sociais, além da facilidade na concessão de capital de giro para as empresas, “muito importante em épocas de crise”.

Principal agente de políticas públicas, a Caixa foi responsável, no terceiro trimestre, pela distribuição de 43 milhões de benefícios da Previdência Social, seguro-desemprego, abono salarial e Programa de Integração Social (PIS), bem como pelo repasse de R$ 837,1 milhões arrecadados pelas loterias. Além disso, a instituição se estruturou para a execução do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado, lançado pelo governo federal.

 

Edição: Aécio Amado