Polícia Federal desenvolve Operação Láparos em seis estados

17/11/2011 - 11h24

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba - A Polícia Federal (PF) confirmou a prisão hoje (17) de 22 pessoas, durante a Operação Láparos, destinada a desarticular uma organização criminosa que atuava na Tríplice Fronteira – Brasil, Paraguai e Argentina. Entre os presos estão policiais suspeitos de receber vantagens econômicas e informar sobre as ações da PF, garantindo a livre circulação de veículos usados para distribuir cigarros e agrotóxicos contrabandeados.  

Nesta quinta-feira estão sendo cumpridos 150 mandados de busca e apreensão e 108 ordens de prisão preventiva. Segundo a PF, entre as prisões que estão sendo feitas hoje, 13 são de policiais estaduais civis, 29 de policiais militares e um da Polícia Rodoviária Federal.

Cerca de 600 policiais federais trabalham no cumprimento das ordens judiciais, na operação que está sendo realizada no Paraná, com 38 ações repressivas, em São Paulo (4), em Mato Grosso do Sul (3), em Minas Gerais (3), em Rondônia (1) e em Mato Grosso (1). De acordo com o chefe do setor de comunicação da PF no Paraná, agente Marcos Koren, o nome da operação deve-se à farta reprodução de filhotes de coelho, que ocorre de forma rápida e em número elevado.

Após a formalização das prisões dos policiais, segundo Koren, cada um será entregue às suas corporações, que os manterá à disposição da Justiça Federal. Os demais presos serão recolhidos, em cada região, aos locais determinados pela autoridade competente, que indicará penitenciárias, cadeias ou delegacias para o cumprimento das prisões preventivas, também à disposiçãoda Justiça Federal em Guaíra.

A PF já vinha investigando as ações da quadrilha há 14 meses, período em que foram presas em flagrante 202 pessoas e apreendidos mais de 3 milhões de pacotes de cigarros contrabandeados do Paraguai, 6,5 toneladas de agrotóxicos, 109 caminhões, 76 automóveis e 13 embarcações.

Maiores informações serão divulgadas durante entrevista coletiva marcada para a tarde, no anfiteatro da Unipar, em Guaíra.

Edição: Graça Adjuto