Diretor da Petrobras diz que estatal não sugeriu redução da Cide para o governo

25/10/2011 - 16h37

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse hoje (25) que a estatal não fez um novo pedido ao governo para elevar o preço dos combustíveis mediante uma eventual redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), um dos impostos cobrados sobre a comercialização dos derivados de petróleo. Com essa medida, mesmo com o reajuste dos preços nas refinarias, garantiria à empresa um aumento de caixa e poderia evitar a alta no valor final do combustível para o consumidor.

“O preço do petróleo e o câmbio [elementos que balizam os valores dos combustíveis] estão voláteis. O pedido que existe é de um ano atrás. Neste momento, a Petrobras não tem nenhum estudo para por na mão do governo para discutir. Não existe isso”, afirmou ao participar, no Rio de Janeiro, de um evento sobre biocombustíveis.

O executivo também informou que a média de importação de gasolina para este ano deve atingir 32 mil barris por dia. O volume supera o do ano passado, que ficou em nove mil barris diários.

Costa disse que todas as cargas do derivado para 2011 já estão compradas e explicou que o aumento na importação pode ser atribuído à combinação da alta do preço do álcool, que estimula a escolha dos motoristas por gasolina com o aquecimento da demanda por combustíveis no mercado nacional.

Para 2012, o diretor informou que a expectativa é de elevação na capacidade de produção de derivados já que há previsão de que sejam feitas menos paradas para manutenção nas refinarias.
 

Edição: Rivadavia Severo