Inclusão social, regularização de terras e grandes obras são temas da agenda amazônica para a Rio+20

27/09/2011 - 20h26

Luana Lourenço*
Repórter da Agência Brasil

Belém – Organizações não governamentais, movimentos sociais, ambientalistas, representantes de empresas e povos tradicionais da Amazônia apresentaram hoje (27), na capital paraense, as demandas da região para a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), a Rio+20, evento que o Brasil vai sediar em junho de 2012.

O grupo listou 24 propostas para inserir a Amazônia na economia verde, tema-chave da conferência. As propostas, definidas no Seminário Regional sobre Economia Verde na Amazônia: Amazônia Rumo à Rio+20, partiram de eixos temáticos como a inclusão social, a regularização fundiária e o debate sobre grandes obras de infraestrutura na região.

Entre as prioridades apontadas, estão a necessidade de promoção do acesso à informação na Amazônia, a elaboração de um plano estratégico “ecológico-econômico” para gestão de áreas protegidas, um sistema de regularização fundiária transparente e com controle social e a efetiva implementação de políticas públicas de desenvolvimento sustentável para a região que já existem, mas não são colocadas em prática, segundo os participantes do evento.

Em relação ao modelo de investimentos em grandes obras de infraestrutura na Amazônia, as organizações pedem a retomada dos processos de discussão desses projetos, como aconteceu com o Plano BR-163 Sustentável, elaborado pelo governo em parceria com a sociedade civil para tentar amortecer os impactos socioambientais do asfaltamento da rodovia, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA).

As sugestões deverão se juntar a contribuições de outras regiões do país e serão apresentadas ao governo para subsidiar a elaboração da proposta oficial do Brasil para o documento-base da Rio+20.


*A repórter viajou a convite da organização do seminário

Edição: Lana Cristina