Biblioteca Nacional lançará na próxima semana primeiro edital de programa que tornará livro mais acessível

01/09/2011 - 17h01

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Biblioteca Nacional lançará, na próxima semana, o primeiro edital do Programa Livro Popular, que o governo federal anuncia logo mais, na abertura oficial da 15ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no Riocentro. O lançamento foi uma determinação da presidenta Dilma Rousseff, de acordo com o presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim. O edital terá dotação de R$ 36 milhões.

O programa visa a estimular e fomentar o mercado editorial brasileiro, tornando o livro mais acessível a todas as camadas da população e também ampliando o número de leitores no país. A ideia é que os livros selecionados pelas editoras possam custar, no máximo, R$ 10 em todo o território nacional.

O primeiro edital será destinado aos editores para que inscrevam os livros que se enquadram na categoria livros populares. Segundo Amorim, além das livrarias, estão sendo convidados pontos de venda, como bancas de jornais e revistas, e outros pontos alternativos, para que façam a adesão ao programa. Ao mesmo tempo, está sendo aberto outro edital voltado às bibliotecas municipais, rurais e comunitárias, para que elas também se inscrevam no programa e digam se querem receber recursos do Livro Popular.

“Nós entregaremos para todas as bibliotecas um cartão e elas vão poder escolher os livros que querem, mudando uma lógica que existe e que vigora nas compras governamentais até o dia de hoje”, disse o presidente da Biblioteca Nacional. Com isso, serão as próprias bibliotecas que escolherão os livros que desejam para seus acervos, entre uma lista grande do programa, que terá um portal na internet, de modo a garantir total transparência ao processo”, destacou Amorim.

O governo federal quer ainda envolver os pontos de venda na entrega dos livros, de modo que a distribuição às bibliotecas seja efetuada no próprio local. “É uma maneira de fazer o aquecimento de todos os elos dessa cadeia produtiva e, também, das economias locais”.

O esforço é para que o livro chegue às classes sociais C, D e E, fazendo com que mais gente leia e adquira conhecimento. “É criar condições para que as pessoas possam expandir os seus horizontes, seus conhecimentos, ampliar o seu vocabulário, porque isso é positivo para que o indivíduo cresça como cidadão, para que ele arrume um emprego melhor, ganhe mais, para que ele fique uma pessoa que conversa melhor, que o jovem arrume uma namorada. Enfim, para que, enquanto cidadão, enquanto figura humana, as pessoas tenham crescimento”, explicou Amorim.

A abertura da 15ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro ocorre agora, com a presença da presidenta Dilma Rousseff.

Edição: Lana Cristina