Integrante de milícia que tinha lista de pessoas marcadas para morrer vai a júri popular

23/08/2011 - 20h06

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O homem que tinha em seu poder uma lista de 12 pessoas marcadas para morrer – entre elas, a juíza Patrícia Acioli, executada com 21 tiros no dia 11 último, quando chegava em casa, em Niterói – vai a júri popular. Wanderson da Silva Tavares, o Gordinho, é acusado de ter participado do sequestro e assassinato o traficante Antonio Carlos Fernandes, o Bueiro, em setembro de 2010.

Além da morte Bueiro, Gordinho é acusado de integrar um grupo de extermínio em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, onde Patrícia era juíza criminal. Ele foi preso em janeiro deste ano em Guarapari, no Espírito Santo.

Em nota divulgada hoje (23), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informa que o juiz Fábio Uchôa, em exercício no 4º Tribunal de Júri de São Gonçalo, aceitou ontem (22) a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual contra Gordinho. No texto, o magistrado destaca que a prisão preventiva de réu será mantida para assegurar a ordem pública.

“Desse modo, restando demonstrada a materialidade do crime de homicídio, assim como indícios suficientes da autoria e da participação nos crimes contra a vida e nos demais crimes conexos que lhe foram imputados, e, ainda, das qualificadoras descritas no aditamento da denúncia, impõe-se submeter o acusado a julgamento pelo Tribunal do Júri”, enfatiza o juiz.

Edição: João Carlos Rodrigues