Governo quer retorno do PR à base aliada

19/08/2011 - 17h18

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), se somou  hoje (19) aos esforços do Palácio do Planalto para reconduzir o PR à base aliada. Na semana passada, o partido optou pela “independência” de suas bancadas no Congresso Nacional. Segundo Jucá, o retorno do PR à coalização que apoia a presidenta Dilma Rousseff é importante “para a governabilidade”.

Jucá disse não estar preocupado com um eventual apoio de deputados e senadores do PR à comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar denúncias de corrupção em ministérios e órgãos públicos. A iniciativa de colher as assinaturas foi tomada pela oposição. Até o momento, ela conseguiu a adesão de 14 deputados do PR, entre as 115 signatários do requerimento.

“A preocupação não é com uma CPI, mas em fortalecer a base e ter voto para aprovar efetivamente as medidas de que o governo precisa. O PR tem 42 deputados federais e sete senadores. Portanto, um número expressivo que é importante [para o governo]”, assinalou o líder do governo.

No Senado, entretanto, os representantes do PR não assinaram o requerimento para instalação da CPMI. No início da semana, o senador Blairo Maggi (PR-MT) disse que a bancada – formada por sete parlamentares – assumiu o compromisso não assinar o pedido. Essa decisão foi tomada na véspera do discurso do presidente do partido, senador Alfredo Nascimento (AM), na terça-feira (16), quando ele oficializou em plenário a debandada do PR da base aliada.

Hoje, após reunião no Palácio do Planalto com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), disse que o governo quer que seu partido volte a integrar a base aliada. Portela acrescentou que levará a proposta para discussão no partido.

“A Ideli falou da preocupação do governo em manter a base aliada unida”, ressaltou Portela. “Ela conversou conosco para que não deixássemos a base aliada, para que continuássemos com o governo, a fim de fazer o trabalho que sempre fizemos.”

Edição: João Carlos Rodrigues