Postos de saúde em todo o país aplicam segunda dose da vacina contra a pólio

13/08/2011 - 10h25

Paula Laboissière e Carolina Pimentel
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Crianças menores de 5 anos devem ser levadas hoje (13) aos postos de saúde para receber a segunda dose da vacina contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil.  Cerca de 115 mil postos vão funcionar em todo o país, a maioria das 8h às 17h.

De acordo com o Ministério da Saúde, quem não recebeu a primeira dose, no dia 18 de junho, também deve procurar uma das unidades de vacinação. A pasta alerta que a criança só fica completamente protegida contra a doença após receber as duas gotinhas da vacina.

O Brasil não registra um caso de poliomielite há 22 anos. No entanto, a vacinação é necessária porque ainda existem registros da doença em 26 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Pais e responsáveis devem levar o cartão de vacinação para a atualização das doses. A meta do governo é imunizar mais de 14,1 milhões de crianças, o equivalente a 95% da população nessa faixa etária.

Segundo o ministério, a poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não morre quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia – principalmente nos membros inferiores.

O Distrito Federal e 18 estados – Acre, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe, Santa Catarina e Tocantins – também vacinam crianças de 1 a 7 anos contra o sarampo.

A doença também é considerada grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, exantema (manchas avermelhadas), coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar.

Crianças com febre acima de 38 graus ou com alguma infecção devem ser avaliadas por um médico antes de serem vacinadas. Também não é recomendado vacinar crianças com problemas de imunodepressão (como pacientes com câncer e aids) ou que já apresentaram reação alérgica severa a doses anteriores.

Mais informações sobre a vacinação contra a poliomielite e o sarampo:

1. Há risco para as crianças que vão tomar duas vacinas?
Não. As vacinas são seguras e podem ser dadas às crianças no mesmo dia, sem prejudicar a saúde delas.

2. As vacinas têm contraindicações?
Em geral, não. Porém, recomenda-se que as crianças com febre acima de 38 graus ou com alguma infecção sejam avaliadas por um médico antes de serem vacinadas. Também não é recomendado vacinar crianças que tenham problemas de imunodepressão (como pacientes de câncer e aids ou de outras doenças e ou tratamentos que afetem o sistema imunológico, de defesas do organismo) e anafilaxia (reação alérgica severa) a dose anterior das vacinas.

3. Onde vacinar as crianças?
Os pais ou responsáveis devem procurar a Secretaria de Saúde do seu município ou estado para se informar sobre a lista de postos, bem como os endereços e os horários de funcionamento.

4. Só será possível vacinar as crianças nessas datas?
Não. As vacinas contra pólio e sarampo são oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e estão disponíveis durante todo o ano, nos postos de saúde, para a vacinação de rotina. Mas é fundamental levar as crianças às campanhas de vacinação, porque elas reforçam a proteção da saúde delas.

5. Como funciona o calendário básico de vacinação fora das campanhas?
Vacina poliomielite oral – Os bebês devem receber a vacina aos 2, 4 e 6 meses. Aos 15 meses, recebem o reforço. Porém, todas as crianças menores de cinco anos (de 0 a 4 anos 11 meses e 29 dias) devem tomar as duas doses durante a campanha nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.

Vacina tríplice viral – As crianças devem tomar uma dose da vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) aos 12 meses e uma segunda dose aos 4 anos. Porém, todas as crianças devem se vacinar nas campanhas de seguimento, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.

Edição: Graça Adjuto//Alterada para acréscimo de informações