Com resultado de R$ 5,3 bilhões no primeiro semestre, BNDES registra maior lucro líquido para o período

12/08/2011 - 21h05

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou, no primeiro semestre, o maior lucro para o período já obtido em sua história: R$ 5,3 bilhões. O resultado mostra expansão de 47,8% em relação ao lucro observado em igual período de 2010, que foi R$ 3,6 bilhões.

O resultado foi anunciado hoje (12), no Rio de Janeiro, pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Recuperações de crédito e rentabilidade com o retorno de financiamentos explicam o resultado. “O desempenho e a rentabilidade são muito positivos e se revertem em favor da população brasileira e do Tesouro Nacional”, disse Coutinho.

Também foi divulgado o desempenho da instituição no semestre. Os recursos desembolsados pelo BNDES no período somaram R$ 55,8 bilhões, revelando redução de 6% em comparação a igual período do ano passado. Segundo os dados, nos 12 meses findos em junho, os desembolsos do banco experimentaram queda de 9%, alcançando R$ 139,9 bilhões.

Coutinho disse que, no entanto, não está preocupado com os resultados. “Essas restrições não preocupam, porque isso não significa uma tendência”, declarou. A previsão é que o BNDES encerre 2011 com liberações semelhantes às do ano passado (R$ 143,7 bilhões). O valor não considera os cerca de R$ 25 bilhões aplicados no processo de capitalização da Petrobras. A expectativa é atingir entre R$ 145 bilhões e R$ 147 bilhões, até dezembro. “Os investimentos na economia brasileira deverão se manter em um patamar elevado”, disse o presidente do BNDES.

Coutinho ressaltou que a carteira de projetos em infraestrutura deverá continuar demandando muitos investimentos. Ele citou, por exemplo, a área de petróleo e gás, que se encontra em crescimento e apresenta grande número de projetos ativos. O superintendente da Área de Infraestrutura, Nelson Siffert, informou que existem, em carteira, 260 projetos em fase de desembolso, contra 65, em 2003. “São projetos ancorados na economia real”, destacou Siffert.

Entre os desembolsos, o destaque ficou com as micro, pequenas e médias empresas. Os desembolsos para esse segmento da economia, no primeiro semestre, atingiram R$ 23,2 bilhões, representando 42% do total, contra uma participação de 32%, em 2010. E o número de transações de crédito efetuadas para as MPEs cresceu 45% em comparação ao primeiro semestre do ano passado, somando 364,2 mil operações.

A área de infraestrutura recebeu R$ 21,6 bilhões no primeiro semestre. Para a indústria, foram liberados R$ 18,7 bilhões, enquanto o setor agropecuário recebeu R$ 4,9 bilhões e o de comércio e serviços ficou com R$ 10,4 bilhões.

Edição: Lana Cristina