Líder da região do Mediterrâneo quer que europeus se envolvam mais com a crise nos países árabes

11/08/2011 - 12h13

Da Agência Lusa


Brasília - O secretário-geral da União para o Mediterrâneo, o marroquino Yussef Amrani, pediu hoje (11) à União Europeia que se envolva mais nos processos de democratização dos países árabes. O apelo ocorre no momento em que a Síria e a Líbia sofrem com o agravamento da crise, que tem gerado diariamente momentos de tensão entre manifestantes e forças de segurança.

Amrani não mencionou diretamente os casos de violência que vêm ocorrendo nos dois países. Ele optou por centralizar o seu discurso no Egito e na Tunísia, que enfrentaram ondas de protestos que geraram as renúncias dos presidentes da República Hosni Mubarak e Ben Ali, da Tunísia.

No cargo há pouco mais de um mês, Amrani defendeu a necessidade de estimular as condições adequadas para a execução das reformas democráticas nos países do Norte de África. Para ele, as reações da Europa têm sido “muito lentas”. “É do interesse dos membros do continente acompanhar também as reformas no Egito e na Tunísia”, disse.

Amrani acrescentou ainda que a União Europeia deve dar mais atenção ao “desenvolvimento econômico e à segurança no Norte de África porque os desafios são os mesmos”. A União para o Mediterrâneo reúne os 27 países que integram a União Europeia e mais 16 nações árabes do Norte da África, do Oriente Médio, além da Turquia e da Autoridade Palestina.