Governo decide aumentar nível mínimo de reservatório de hidrelétricas do Sudeste e Nordeste

25/07/2011 - 20h15

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou hoje (25) mudanças no nível meta dos reservatórios das usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Nordeste. No Sudeste, o nível mínimo dos reservatórios deve subir de 42% para 46% e no Nordeste, de 25% para 32%.

Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, a determinação foi por causa do atraso na entrada em operação de 15 termelétricas, sendo que quatro deveriam começar a fornecer energia neste ano, mas vão operar a partir de 2013. “Só o deslocamento dentro do horizonte já fez com que aumentasse o nível meta”.

O nível meta é o nível mínimo de água estabelecido pelo setor elétrico para os reservatórios das hidrelétricas no início do período chuvoso. Quando há previsão de que essa meta não será atingida, pode haver o acionamento de termelétricas para evitar o desabastecimento de energia, o que pode tornar a energia mais cara.

Chipp acredita que as mudanças no nível meta não vão afetar o custo da energia para os consumidores. “A metodologia do estoque de segurança do nível meta teve um aperfeiçoamento, se introduziu uma margem de tolerância e um nível de segurança mensal. Então, se o nível de armazenamento ficar nessa margem de tolerância, não se mexe no despacho das térmicas”, explicou.

Segundo Chipp, o nível meta dos reservatórios só será alterado depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovar a Curva de Aversão ao Risco, que determina os requisitos mínimos de armazenamento de energia de um sistema para os próximos dois anos.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico foi criado em 2004 com a função de acompanhar permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético em todo o país. Além da ONS, participam do grupo órgãos como a Aneel, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Ministério de Minas e Energia e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Edição: Lana Cristina