Patriota apela para que comunidade internacional colabore com a consolidação do Sudão do Sul

13/07/2011 - 13h50

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil 

 

Brasília –  O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, defendeu hoje (13) que a comunidade internacional apoie o processo de consolidação do mais novo país no mundo, o Sudão do Sul. Patriota disse que o Brasil se dispõe a colaborar com parcerias com os sul-sudaneses. Para ele, é essencial incentivar o desenvolvimento da agricultura na região. “É a prioridade”, disse.

Patriota discursou, em Nova York, durante a reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O chanceler disse ainda que a independência do Sudão do Sul representa “a coragem política” dos sul-sudaneses. Ele lembrou que por mais de quatro décadas houve conflitos entre Norte e Sul do Sudão.

A reunião do Conselho de Segurança foi convocada hoje para discutir o ingresso do Sudão do Sul no organismo. A independência do novo país foi anunciada no último sábado (9) seguindo a opção da maioria dos eleitores em referendo. Mas o ingresso do país no organismo depende de votação na Assembleia Geral da ONU que analisará o assunto em sessão amanhã (14).  

O chanceler brasileiro acrescentou que a realização do referendo, no último dia 9, só foi possível por causa do acordo de paz, assinado em 2005, entre o Norte e Sul, encerrando mais de 40 anos de  guerra civil entre as duas regiões do país. “O Brasil cooperou com as duas nações em busca de um acordo diplomático”, disse.

Durante a reunião hoje do Conselho de Segurança, o primeiro vice-presidente, Thérence Sinunguruza, agradeceu o apoio da comunidade internacional ao processo que levou à independência de seu país. Segundo ele, o Sudão do Sul será responsável, seguindo as convenções internacionais e adotando as recomendações das Nações Unidas.

O Sudão do Sul reúne cerca de 8 milhões de habitantes e está entre os países mais pobres do mundo, embora tenha grandes reservas de petróleo. Depois de anos de conflitos entre etnias e diferentes linhas políticas, o Sudão do Sul conseguiu sua autonomia, mas aproximadamente 1,5 milhão de pessoas morreram nesse processo.

 

Edição: Lílian Beraldo