Em meio às cobranças de estudantes e professores, Piñera libera US$ 4 bilhões para educação

06/07/2011 - 12h36

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Enfrentando protestos contra o ensino no país, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, ocupou ontem (5) cadeia de rádio e televisão para anunciar a liberação de US$ 4 bilhões. Os recursos vão compor o Fundo de Educação e serão usados para a reforma do setor. Desde o mês passado, o governo chileno é alvo de manifestações, lideradas por universitários, com adesões de professores e trabalhadores em defesa de melhorias no sistema educacional.

No discurso, Piñera disse que haverá um financiamento específico para os universitários que apresentarem melhor desempenho. Segundo ele, a concessão do benefício considerará o mérito e o nível socioeconômico do estudante. O presidente acrescentou que o governo vai conceder fundos que poderão ser investidos em universidades para aperfeiçoar a formação de professores e o ensino.

Piñera prometeu que irá reconstruir as 4.557 escolas que sofreram estragos devido ao terremoto de fevereiro de 2010. Também disse que vai aumentar o número de vagas para as crianças em fase pré-escolar e garantir oportunidades para todos.

“Educação de qualidade é o berço da igualdade de oportunidades e de mobilidade social. É o motor mais potente de desenvolvimento e progresso dos países. É também uma condição essencial para fazer do Chile um país desenvolvido, sem pobreza e com reais oportunidades e segurança para todos”, disse o presidente.

Segundo Piñera, os professores serão valorizados por meio de incentivos financeiros e profissionais. A ideia, de acordo com ele, é ampliar a Bolsa Vocação Professor. O presidente pretende também criar 30 escolas de excelência – atualmente existem 30 – como sistema de apoio pela internet para professores e alunos.

Edição: Graça Adjuto