ONU pede que comunidade internacional evite deportação de haitianos

21/06/2011 - 13h52

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) pediu hoje (21) aos líderes mundiais que evitem deportar haitianos. O apelo, segundo as autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU), ocorre porque um ano e meio depois do terremoto de 7 graus na escala Richter que atingiu o Haiti, a situação no país ainda é precária.

O Acnur pediu ainda que a comunidade internacional renove a ajuda destinada ao Haiti, por razões humanitárias, assim como as autorizações de residência e outros mecanismos que têm permitido a haitianos permanecer fora do seu país. A estimativa, segundo a ONU, é que 680 mil pessoas ainda estejam sem casa no Haiti, vivendo em cerca de mil acampamentos.

Para as autoridades das Nações Unidas, não é possível por enquanto garantir a atenção e os cuidados adequados aos haitianos. “Apesar das recentes eleições e dos esforços de reconstrução em curso, o Haiti ainda está enfraquecido para garantir uma proteção adequada”, disse o o porta-voz do Acnur, Adrian Edwards.

Em 14 de maio, o novo presidente do Haiti, Michel Martelly, assumiu o governo com o objetivo de reconstruir o país e melhorar a qualidade de vida da população. Segundo ele, a meta é dar esperança para a reconstrução, o progresso, a estabilidade, a paz social e o desenvolvimento do Haiti.

O terremoto, em 12 de janeiro de 2010, deixou mais de 220 mil mortos e desaparecidos no país. A comunidade internacional se uniu no esforço de reconstruir as estruturas físicas e burocráticas, mas até hoje o processo está em andamento.

Edição: Juliana Andrade