Da Agência Brasil
Brasília - Uma tentativa frustrada de sequestro-relâmpago hoje (14) na Quadra 711 Sul em Brasília, fez quatro mulheres reféns por cerca de seis horas. Bruno Leonardo Vieira de 29 anos e Adelino de Souza Porto, de 57, tentaram sequestrar Guilherme Sartori que saia de casa. Dois operários que trabalhavam nas proximidades suspeitaram da movimentação e acionaram a polícia por volta das 10h.
Assustados, os dois sequestradores entraram na casa, e fizeram três mulheres reféns, inclusive uma grávida. Mariana de Freitas Sartori, a quarta vítima, estava escondida em um dos quartos e passou informações sobre o comportamento dos assaltantes antes de ser encontrada.
A negociação da Polícia Militar terminou às 16h sem feridos. As reféns foram atendidas no Hospital Naval de Brasília. "O momento mais crítico de toda a operação foi logo no início, pois os sequestradores estavam eufóricos e nervosos por conta da presença policial no local", afirmou o tenente-coronel Juarez Teixeira Madureira, chefe da equipe de negociação.
Os sequestradores já tinham passagem na polícia por homicídio e roubo e Porto estava foragido desde o último saidão, benefício dado a presos com bom comportamento, na Páscoa. Estavam armados com uma pistola calibre 38, consumiram maconha e cocaína dentro da casa, o que levou a polícia a avaliar invadir da casa. "A partir do momento em que visualizamos o consumo de drogas, atiradores de elite foram posicionados para evitar qualquer reação inesperada dos sequestradores", disse o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Fábio Pizetta.
A Polícia Militar do Distrito Federal disse que a operação foi concluída com sucesso, já que não houve feridos entre as vítimas e os sequestradores. "Operamos nessa situação com toda a segurança, buscando sempre resguardar a vida dos envolvidos", disse o major Adriano Meirelles.
Os sequestradores exigiram um advogado e um membro da pastoral carcerária. "A partir do momento em que mostramos o quadro aos sequestradores, e eles viram que não havia chance de escapar, e os reféns foram liberados", ressaltou Madureira.
Edição: Rivadavia Severo