Luiz Sérgio nega que Ministério da Pesca seja prêmio de consolação

10/06/2011 - 18h03

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O atual ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, disse que assumir o Ministério da Pesca "não é um prêmio de consolação". "O Ministério da Pesca é muito importante, tem um peso econômico muito significativo", disse o ministro que, na próxima segunda-feira, passa a ocupar a pasta. "Para quem é de Angra dos Reis, que nem eu, pescar é mais que uma obrigação. É uma atividade que dá prazer", disse ele.

A troca foi decidida hoje (10) pela presidenta Dilma Rousseff. O ministro Luiz Sérgio (PT-RJ), deixará a articulação política do governo e passará a comandar a Secretaria Especial da Pesca e Aquicultura. Em seu lugar assume a atual ministra da Pesca, Ideli Salvatti (PT-SC).

Luiz Sérgio avaliou que os rumores de desarticulação da base governista no Congresso, durante o tempo em que cuidou da relação do governo com o Parlamento, não são verdadeiros. "Não há desarticulação da base. Praticamente todas as medidas provisórias foram aprovadas. Leis como a do salário mínimo foram também aprovadas. Essa é uma versão que não corresponde a verdade dos fatos", destacou.

O ministro elogiou a capacidade de articulação de Ideli Salvatti, segundo ele, provada durante o tempo que ele ela atuou como líder da bancada petista e líder do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Senado. "Ideli tem experiência, foi líder da bancada, foi líder do governo e tem todas as condições de desempenhar essa função", destacou o ministro.

A troca foi a segunda mudança no ministério de Dilma Rousseff. Na terça-feira, Antonio Palocci foi substituído na Casa Civil por Gleisi Hoffmann.

A atuação de Luiz Sérgio vinha sendo alvo de crítica de congressistas. Parte do diálogo do governo com o Congresso estava sendo conduzido pelo ministro Palocci, que deixou o governo em meio a suspeitas envolvendo seu patrimônio. Já a nova ministra da Casa Civil tem um perfil mais técnico.

No Senado, como líder do governo de Lula, Ideli foi uma ferrenha defensora, principalmente durtante as crises provocadas pelas denúncias de mensalão.
 

 

Edição: Rivadavia Severo