"Vazio sanitário" começa a vigorar no Paraná para evitar aparecimento de fungo na soja

09/06/2011 - 10h20

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba – Os agricultores do Paraná estão proibidos de plantar ou manter plantas vivas de soja no estado,  no período de  15 de junho a 15 de setembro. É o período do vazio sanitário – sem plantas de soja em propriedades rurais e  estradas.  

Em nota, a Secretaria da Agricultura  explicou que o objetivo da medida é evitar ou retardar ao máximo o aparecimento do fungo causador da ferrugem asiática, doença que ataca a cultura e causa sérios prejuízos aos produtores. O Paraná é o segundo maior produtor de soja do país, com volume de produção de 15,26 milhões de toneladas de grãos e área plantada de 4,5 milhões de hectares.

Parceira na divulgação do vazio sanitário no Paraná,  a Federação da Agricultura está distribuindo 300 mil folhetos de alerta, nas barreiras interestaduais, nas concessionárias de pedágio e transportadoras de soja, sobre o período da proibição. A engenheira agrônoma Maria Celeste Marcondes, responsável pela área de Grandes Culturas do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis) da Secretaria da Agricultura alerta  os transportadores para que verifiquem se as carrocerias dos caminhões estão bem vedadas e tomem os devidos cuidados para não derrubar grãos nas estradas. A ideia é evitar que nasçam plantas nas margens das rodovias , que podem servir de hospedeiras do fungo.

O vazio sanitário foi adotado no Brasil em 2006.  De acordo com a assessoria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura,  a medida preventiva está implantada em 12 estados (Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Maranhão, Paraná, Bahia, Rondônia e Pará). A maioria deles adotou o vazio sanitário por 90 dias. Na Bahia, no Pará e Maranhão, o vazio sanitário deve durar 60 dias , a partir de 15 de junho.

Edição: Graça Adjuto