Presidente eleito do Peru chega amanhã ao Brasil

08/06/2011 - 20h32

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Apenas quatro dias depois de ser eleito presidente do Peru, em uma das eleições mais disputadas da história do país, o nacionalista Ollanta Humala, de 48 anos, chega amanhã (9) a Brasília, convidado anteontem (6) pela presidenta Dilma Rousseff. Em ocasiões distintas, Humala elogiou o Brasil e disse ter como exemplo de liderança o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Eleito com uma diferença de pouco mais de 1% sobre a adversária Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), Humala enfrenta agora a desconfiança do mercado econômico e dos empresários, que temem mudanças no sistema vigente. Ele é cobrado para definir logo a sua equipe econômica. A economia peruana cresce em média 8% ao ano. Mas um dia depois das eleições, a Bolsa de Valores de Lima registrou a maior queda da história, de 12,51%, e fechou mais cedo para evitar novas baixas.

Humala tentou afastar os temores, garantindo que vai se concentrar nos esforços para o crescimento econômico com inclusão social. O presidente eleito afirmou ainda que escolherá os melhores técnicos e intelectuais para compor a equipe de governo, estimulando a economia aberta e de mercado para o fortalecimento interno.

Pelo último boletim, do Escritório de Processos Eleitores do Peru (cuja sigla em espanhol é Onpe), do total de 98% das urnas apuradas, Humala obteve 51,4% dos votos, nas eleições do último domingo (5), contra 48,4% destinados a Keiko. Foi a terceira vez que ele disputou as eleições presidenciais no Peru. É considerado um político próximo aos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales.

Assessores de Humala, no Peru, informaram que ele planeja passar o fim de semana no Brasil. O presidente eleito pretende visitar, na próxima semana, o presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, depois ir à Argentina encontrar com a presidenta Cristina Kirchner e ao Chile onde deve se reunir com o presidente Sebastián Piñera. Não há confirmações, por enquanto, que ele visite a Bolívia, Colômbia, Venezuela e o México.

 

Edição: Aécio Amado