Rio faz campanha contra trabalho infantil e exploração sexual de crianças e adolescentes

06/06/2011 - 18h52

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Feiras livres, aterros sanitários e hotéis estão entre os principais alvos de uma campanha de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Secretaria Municipal de Assistência Social da prefeitura carioca com o objetivo de combater o trabalho infantil e a exploração sexual de crianças de adolescentes.

A exploração sexual de crianças e adolescentes é tipificada como "trabalho perigoso" pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Este ano, a instituição definiu o item como prioritário para ações de combate pelos países signatários.

A auditora do MTE Fátima Chammas disse que as ações de fiscalização, no Rio, ocorrerão nas feiras livres, onde crianças trabalham durante a noite e madrugada e são submetidas a trabalho pesado. Além disso, os fiscais vão passar por hotéis e pontos turísticos, principalmente dos bairros de Copacabana, na zona sul, Lapa, no centro e Campo Grande, na zona oeste, locais com registro de denúncias de exploração sexual.

O Ministério Público Estadual, que também participa da campanha, pede que as pessoas denunciem a presença de menores no trabalho doméstico. O órgão destaca ainda a ocorrência de exploração sexual de crianças e adolescentes nesse tipo de trabalho.

"Esse é um problema muito facetado", afirmou o promotor Rodrigo Medina, coordenador do Centro de Apoio a Infância e Juventude. "Escolhemos para a campanha uma imagem que simbolizasse o abuso e a exploração sexual para quebrar com o preconceito de que essas situações só ocorrem em famílias pobres. Não podemos subestimar a subnotificação de casos na classe média", disse.

A Secretaria de Assistência Social, durante a semana que antecede o Dia de Combate ao Trabalho Infantil, em 12 de junho, vai mobilizar os dez centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) para prestar apoio às vítimas.

 

Edição: Aécio Amado