Organização Mundial da Saúde Animal anuncia extinção da peste bovina

25/05/2011 - 18h37

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) anunciou hoje (25) a erradicação da peste bovina no mundo. A doença era uma das que mais matavam bovinos e várias outras espécies animais. A declaração mundial pelos países-membros da Organização das Nações Unidas para  Alimentação e Agricultura (FAO) deve ser feita em junho.

O comunicado, feito durante o 79ª Congresso Anual dos Delegados dos Países-Membros da OIE, em Paris, reconhece oficialmente que os 198 países e territórios do mundo com animais sensíveis estão livres da peste bovina. Segundo o diretor-geral da organização, Bernard Vallat, este é um momento histórico, pois é a primeira doença animal erradicada pela humanidade. “Trata-se de um importante avanço, não só da ciência, mas das políticas de cooperação entre as organizações internacionais.”

A diretora-geral adjunta da FAO para o Conhecimento, Ann Tutwiler, disse que a peste bovina foi uma das prioridades da entidade nos esforços para combater a fome e melhorar as condições de vida por meio da agropecuária. “Com a erradicação da doença nos animais vivos, a produção de gado no mundo se tornou mais segura, assim como a subsistência de milhões de pecuaristas.

A OIE informou que, apesar de estar erradicado entre os animais vivos, o vírus da peste bovina continuará armazenado em laboratórios para a produção de vacinas no caso de reaparecimento da doença de forma acidental ou intencional. O anúncio coincide com a comemoração dos 250 anos de criação da profissão de veterinário, em Lyon, na França.

O presidente do Comitê Misto OIE/FAO de Especialistas em Peste Bovina, William Taylor, disse que este é um momento de orgulho para a profissão. “Essa luta histórica contra uma das doenças mais temidas pelos criadores de todo o mundo, a ação conjunta da comunidade científica veterinária, das organizações internacionais e regionais, dos governo e dos criadores, foi absolutamente crucial”, completou.

Edição: Nádia Franco