Ana de Hollanda chama de “turbulências forjadas” as críticas de alguns setores da classe artística

18/05/2011 - 18h14

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, classificou como "turbulências forjadas" as críticas que tem recebido de alguns setores da classe artística. Ao participar, hoje (18), no Rio de Janeiro, do lançamento do novo Guia dos Museus Brasileiros, dentro da programação da 9ª Semana Nacional de Museus, a ministra disse não estar preocupada com a crise na área da cultura e garantiu estar apenas concentrada no seu trabalho à frente do ministério.

"Eu não estou mais preocupada com essa questão das turbulências que foram muito forjadas. Agora, a imprensa já está compreendendo que houve uma turbulência por motivos que não têm nada a ver com a questão cultural. E o importante é que a gente está trabalhando, com um trabalho para o Brasil inteiro que é essa semana de museus", disse.

A ministra tem recebido críticas por causa da suspensão de pagamentos de convênios, da reforma na Lei do Direito Autoral e pela retirada do selo Creative Commons, que indica licença para uso livre de conteúdo, da página do ministério na internet.

Ana de Hollanda também foi criticada por ter recebido diárias em viagens sem compromisso oficial para o Rio de Janeiro, onde mora. Ela admitiu o erro, apontado pela Controladoria-Geral da União, e devolveu o dinheiro das diárias. Hoje disse que este assunto “está encerrado”.

A ministra negou que esteja se reunindo com representantes de diferentes setores da cultura em busca de apoio para sua permanência no ministério. "Eu não estou procurando apoio, estou procurando diálogo. Apoio existe". Sem dar maiores detalhes, Ana de Hollanda disse que vai receber esta semana representantes do setor de artes visuais para discutir políticas para o setor.

Durante seu discurso no evento, o presidente do Instituto Brasileiro de Museus , José do Nascimento Júnior, lembrou que o ex-ministro Gilberto Gil também sofreu pressões ao assumir o cargo durante o governo do ex-presidente Lula. "Existe uma lógica de quebrar pedras no início e ter no final uma grande gestão", disse.

 

Edição: Aécio Amado