Ministra diz que ajuda dos prefeitos será essencial para plano de erradicação da miséria

11/05/2011 - 14h16

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse hoje (11), em Brasília, que, a exemplo da cooperação das prefeituras com o Programa Bolsa Família, a participação delas no desenvolvimento e na implementação do Plano Brasil sem Miséria será fundamental para o sucesso da iniciativa que o governo federal promete lançar em breve.

Segundo a ministra, a intenção do governo é discuti-lo com os prefeitos antes de apresentá-lo à sociedade. "Nossa ideia não é impor um plano pronto, mas sim pactuá-lo, principalmente com os prefeitos, que serão importantes para sua implementação", explicou a ministra durante a 14ª Marcha dos Prefeitos.

Tereza Campello voltou a explicar que o Brasil sem Miséria irá integrar as várias ações federais de combate à miséria – transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva – voltadas prioritariamente às famílias que vivem em extrema pobreza, ou seja, com renda per capita mensal de até R$ 70.

De acordo com a ministra, erradicar a condição de extrema pobreza que, conforme o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atinge 16,2 milhões de brasileiros, exige, além da continuidade do crescimento econômico com distribuição de renda, políticas públicas de inclusão e desenvolvimento social. Por isso, entre os principais objetivos do Plano Brasil dem Miséria estão elevar a renda familiar per capita, ampliar o acesso aos serviços públicos, às ações de cidadania e às oportunidades geradas por políticas e projetos públicos.

"Não basta [o país] crescer [economicamente] para incluir estes 16,2 milhões brasileiros. Eles não serão naturalmente incluídos. Precisa do apoio do Estado brasileiro para superar sua condição de vulnerabilidade", afirmou Tereza Campello, garantindo que o plano não implicará em qualquer mudança nas prioridades do governo federal na área social.

"Não estamos falando em modificar a forma como o Estado vem atuando. Nossos planos, nossos programas, como o Bolsa Família e os das áreas da Saúde e da Educação, continuam", garantiu a ministra, assegurando que o governo pretende continuar "ampliando e fortalecendo" o Programa Bolsa Família.

Edição: Talita Cavalcante