Escritórios de gerenciamento começam a funcionar hoje em cidades atingidas por chuvas em Pernambuco

09/05/2011 - 11h06

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Quatro escritórios de gerenciamento anunciados pelo governo de Pernambuco começam a funcionar hoje (9) em quatro cidades atingidas pelas fortes chuvas da semana passada no estado – Barreiros, Palmares, Ribeirão e Jaqueira. Os escritórios irão coordenar as ações de assistência à população.

Cada escritório será responsável pelo gerenciamento de cidades mais próximas. O de Palmares abrange Água Preta e Xexéu; o de Ribeirão engloba Cortês e Primavera; e em Catende, serão atendidas demandas de Jaqueira e Maraial. O escritório de Barreiros será exclusivo já que a cidade foi a mais prejudicada pelas chuvas até o momento.

No último sábado (7), foi publicado no Diário Oficial da União o aviso de edital de licitação para a construção das barragens de Panelas 2 e Gatos. De acordo com o governo de Pernambuco, essas serão as primeiras de um total de cinco barragens de contenção a serem construídas no estado. A previsão é que as obras sejam entregues até o primeiro semestre de 2012 e a estimativa de gasto é de R$ 65 milhões. As barragens irão controlar a vazão da Bacia do Rio Una e evitar novas enchentes.

As chuvas começaram a cair de maneira mais intensa na região entre o final de abril e o início de maio. Até o momento, 55 municípios foram atingidos – Água Preta, Barreiros, Catende, Cortês, Jaqueira, Maraial, Palmares, Primavera e Xexéu decretaram estado de calamidade pública.

Ao todo, 4,9 mil famílias foram instaladas em 227 abrigos e 10.193 estão desalojadas. Duas mortes foram registradas em Camaragibe e em Jaqueira.

Segundo o governo, foram distribuídos 4.410 colchões, 11.186 cestas básicas e 3.050 cestas de pronto consumo. Os desabrigados receberam também 3.330 cobertores e 40 mil litros de água mineral, obedecendo o critério de 60 litros para cada família por semana.

Em 18 municípios pernambucanos, o sistema de abastecimento de água já foi religado e 34 máquinas trabalham em toda a região atingida na tentativa de desobstruir canais e proteger encostas.

 

Edição: Lílian Beraldo