Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os líderes políticos ocidentais começaram uma nova batalha diplomática contra a Síria. O objetivo é impedir que o governo sírio ocupe um lugar no Conselho dos Direitos do Homem que é vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU). A pedido dos Estados Unidos foi convocada para hoje (29) uma reunião do conselho sobre a situação na Síria.

“É uma batalha que travamos. Estamos envolvidos num combate contra a Síria”, disse o embaixador da França, François Zimeray.

As informações são da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa. No mês passado, o governo da Síria lançou oficialmente sua candidatura para ocupar uma vaga no Conselho dos Direitos do Homem, instalado em Genebra, e formado por 47 países – escolhidos para a representação regional. O objetivo do conselho é fiscalizar violações a direitos humanos.

“A candidatura da Síria ao Conselho dos Direitos do Homem significa seu compromisso em respeitar e apoiar o caráter inalienável e indivisível dos direitos do homem”, informou o governo sírio, ao apresentar sua candidatura à vaga no órgão.

Alvo de críticas internas, o presidente da Síria, Bashar Al Assad, sofre pressão de manifestantes e da comunidade internacional para abrir mão do poder. Assad é acusado de autoritarismo, de violação de direitos humanos e às liberdades.

Mesmo em meio às críticas, o governo da Síria foi indicado ao lado da Índia, da Indonésia e das Filipinas pelo grupo Ásia para ocupar um lugar no conselho. A França, os Estados Unidos, o Reino Unido e seus aliados tentam encontrar um candidato asiático contra a Síria ou convencer outros países a votarem contra o ingresso dos sírios.

“Consideramos que se a Síria for eleita para o Conselho dos Direitos do Homem, o crédito dessa instituição será afetado. A rede diplomática francesa está mobilizada para fazer com que a Síria retire sua candidatura”, disse o embaixador francês.

Edição: Talita Cavalcante