BC concentrará esforços no combate à inflação e no fluxo de capital estrangeiro

26/04/2011 - 14h19

Pedro Peduzzi, Yara Aquino, Daniel Lima e Luciana Lima
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O Banco Central (BC) vai concentrar esforços em medidas que ajudem a convergir a inflação para o centro da meta, que é de 4,5% para 2012, e, também, em lidar com o intenso fluxo de capital estrangeiro no país. De acordo com o presidente do BC, Alexandre Tombini,  a inflação é, atualmente, um “problema global”, mas no Brasil há que se ter atenção especial à inflação de serviços, que tem se mantido elevada e em ascensão.

“A inflação é hoje um problema global, e a inflação brasileira reflete a inflação global. Mas [o Brasil] possui também componentes locais comuns a países emergentes que saíram da crise. No nosso caso, um tema importante para entender a inflação é a inflação de serviços, que tem se mantido elevada e em ascensão no período recente”, afirmou hoje (26) durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto.

Para Tombini, o ingresso de capital estrangeiro “afeta o preço dos ativos porque o dinheiro acaba se replicando no país, causando impacto direto sobre preços de ativos”. Ele lembra que o BC tem mantido políticas de intervenções que resultaram inclusive “em reservas que serão importantes para o futuro”.

Tombini reiterou que, a curto prazo, o objetivo do BC é fazer a inflação convergir para o centro da meta em 2012 e lidar com o intenso fluxo de capital estrangeiro. Ele disse que são “excelentes” as perspectivas do órgão. A previsão da autoridade monetária é de crescimento forte e sustentável, acompanhado de crescimento da classe média e da maior capacidade de poupança dos brasileiros.

Ele prevê, ainda, “diversas oportunidades de investimentos”, em decorrência do petróleo da camada pré-sal, da Copa de 2014, das Olimpíadas de 2016  e dos investimentos em infraestrutura.

 

Edição: Lílian Beraldo