Operação da Secretaria do Ambiente do Rio fecha lixão clandestino em Duque de Caxias

19/04/2011 - 15h19

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Secretaria Estadual do Ambiente fechou hoje (19) um lixão clandestino localizado nas proximidades do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O local chama a atenção pelas condições sub-humanas dos catadores e das crianças que andam sem roupa pelo lixo. Dejetos, sujeira, poeira, insetos e animais também fazem parte do cenário.

De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, a "cidade do lixo" avançou sobre uma antiga área de mangue há cerca de um ano. Por dia, cerca de 50 caminhões despejam irregularmente 300 toneladas de lixo no local. Para o secretário, a ação tem cunho repressivo e de proteção ao manguezal e é também um complemento às ações de inclusão social dos catadores.

“Aqui tem muita doença, tem crack, não tem lei. Os caminhões que chegam aqui com um lixo extraordinário. Eles tiram lixo de shoppings, supermercados e despejam aqui ilegalmente. Aqui nós estamos no meio da degradação ambiental, social e humana. A gente quer salvar o manguezal, os catadores e, junto com a prefeitura de Caxias, queremos recuperar o bairro e abrir novas condições de trabalho para essas pessoas”, disse Minc.

Segundo o coordenador de Combate aos Crimes Ambientais da secretaria, José Maurício Padrone, uma cerca de cinco quilômetros já foi instalada do lado direito do aterro. Mas isso não impediu que a área continuasse a ser usada para depósito de lixo. Hoje (19) um novo trabalho de contenção da área do aterro foi iniciado. A intenção é cercar completamente a área e impedir a entrada de caminhões.

“As nossas máquinas estão começando hoje a fazer esse trabalho de remoção do lixo, vamos cercar para impedir o avanço em direção ao manguezal”, informou Padrone.

A previsão é que o trabalho para cercar toda a área dure dois meses. Segundo a secretaria, serão necessários mais três quilômetros de cerca.

A ação contou com o apoio da Polícia Militar, de homens do Batalhão Florestal e de fiscais do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Ninguém foi detido.

 

Edição: Lílian Beraldo