Líbia ocupará parte dos diálogos na China, assim como a formalização da África do Sul no bloco do Bric

27/03/2011 - 11h39

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
 

Brasília – A crise na Líbia agravada pelos ataques aéreos da coalizão ocidental será tema de reunião na China, no próximo dia 14. Na mesma ocasião, na cidade de Sanya, na Ilha de Hainã, na China, a África do Sul será formalmente incorporado ao bloco econômico que reúne Brasil, Rússia, Índia e China – o Bric. A presidenta Dilma Rousseff e demais líderes deverão mencionar a necessidade de redesenhar a governança global e questões específicas, como os subsídios agrícolas.

Dilma e os presidentes da China, Hu Jintao, da Rússia, Dmitri Medvedev, da África do Sul, Jacob Zuma, e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, pretendem sinalizar para a comunidade internacional quais são as metas para 2011 e as preocupações do grupo. Na lista de preocupações está a Líbia, assim como o Brasil, a China e a Índia são contrários à ação militar internacional na região.    

Com um total de população que representa 40% do mundo, China, Índia, Brasil e Rússia, em conjunto, apelam para a definição de uma ordem mundial que não se concentre apenas nas regiões consideradas desenvolvidas, mas amplie esta visão.

No bloco, o Brasil ocupa a função de país exportador agropecuário com base na produção de soja e de carne bovina, além de cana-de-açúcar, combustíveis renováveis e ambientalmente sustentáveis - como o álcool e o biodiesel. A Rússia é o fornecedor de matérias-primas, como hidrocarbonetos. Mas também é o responsável pela exportação de mão de obra qualificada e de tecnologia, além de potência militar.

A Índia além de potência militar, também desempenha o papel de investidora em tecnologia e qualificação de mão de obra em serviços especializados. Pelas estimativas de especialistas, a China deve ser, em 2050, a maior economia mundial.

 

Edição: Rivadavia Severo