Secretário de Segurança do Rio quer polícia focada no cidadão para Copa e Olimpíadas

25/03/2011 - 15h03

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou hoje (25) que a preparação da capital do estado para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 passa pela estruturação de um sistema de segurança focado na sociedade fluminense. Para ele, se as polícias do Rio atenderem bem a população do estado, estarão preparadas para os dois eventos.

“Você tem que preparar a cidade para o cidadão. Quando a cidade tiver uma estrutura de segurança bem colocada, definida, fica mais fácil organizar qualquer evento”, disse Beltrame, sobre o planejamento da segurança do Rio para grandes eventos.

O secretário participou nesta sexta-feira de um seminário sobre segurança pública promovido pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em São Paulo. No evento, ele afirmou que, se a segurança do Rio estiver estruturada, reforços que eventualmente serão necessários para a realização da Copa e das Olimpíadas vão somente complementar o trabalho em curso.

“Não é que não queremos ajuda federal”, ressaltou ele. “Só penso que, no momento em tivermos uma estrutura de segurança pública, ficará muito fácil virem forças de fora para serem aproveitadas. Temos que ter uma boa estrutura e, aí sim, agregar os ingredientes que vão faltar para atender os grandes eventos.”

Beltrame disse ainda que essa estruturação da segurança do estado passa pela mudança no modelo do serviço prestado. Segundo ele, por muitos anos, a polícia do Rio de Janeiro esteve preparada para “regimes de guerra” contra o crime. O que o secretário defende é que ela esteja preparada para prestar serviço ao cidadão.

A polícia prestadora de serviço é a que, segundo ele, está sendo implantada nas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio. Beltrame disse que indicadores de criminalidade apontam que as UPPs têm apresentado bons resultados no combate à violência.

O secretário disse, porém, que elas não são a única solução para o problema da criminalidade. Por isso, o estado precisa continuar investindo. “Não há nada resolvido”, concluiu ele.

Edição: Juliana Andrade