Dilma e Obama vão reiterar apoio à reconstrução do Haiti em comunicado conjunto

17/03/2011 - 16h58

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A reconstrução do Haiti, devastado pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010, é um dos temas do comunicado conjunto que será feito pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a presidenta Dilma Rousseff, na visita do chefe de Estado americano ao Brasil no próximo fim de semana.

Obama e Dilma pretendem reiterar os esforços de norte-americanos e brasileiros para ajudar a sociedade haitiana e ratificar a confiança no processo eleitoral do país. No próximo domingo (20), ocorre o segundo turno das eleições presidenciais no Haiti.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou hoje (17) que o governo brasileiro mantém o empenho e o compromisso com o Haiti. O chanceler ressaltou que os militares brasileiros permanecerão integrando as forças de paz no país, assim como toda a estrutura necessária para a reconstrução das áreas destruídas pelo terremoto terá a colaboração brasileira.

Disputarão o segundo turno das eleições no Haiti o cantor Michel Martelly e a ex-primeira-dama Mirlande Manigat. No primeiro turno, a Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciou que houve fraudes. O Conselho Provisório Eleitoral do Haiti se comprometeu a resolver as fragilidades do processo eleitoral e tomar conta para que irregularidades não se repitam no segundo turno.

As votações ocorrem no momento em que dois ex-presidentes do Haiti acusados de crimes de corrupção e violação dos direitos humanos sinalizam que querem retornar ao cenário político local, Jean-Bertrand Aristide e Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc. Exilado na África do Sul, Aristide manifestou o interesse de voltar ao país antes do segundo turno e Baby Doc já está vivendo em Porto Príncipe, a capital haitiana.

Os Estados Unidos lideram, na comunidade internacional, a pressão para que Aristide e Doc sejam mantidos longe da política haitiana. Mas, internamente, ambos têm simpatizantes e defensores. As dificuldades para garantir a lisura do processo eleitoral e os esforços para a reconstrução do país são agravadas com a epidemia de cólera que matou cerca de 4 mil pessoas.

Edição: Lana Cristina