Sem ajuste fiscal, aumento de juros trará custos elevados para o país, avalia Firjan

02/03/2011 - 21h51

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Em nota divulgada há pouco, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), criticou o aumento de 0,5 ponto percentual definido pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) para a taxa básica de juros, a Selic. Com o aumento, a taxa Selic passou para 11,75% ao ano.

“Diante do novo aumento da taxa básica de juros, fica evidente que, sem auxílio efetivo da política fiscal, o ciclo de aperto monetário imporá elevados custos ao país em termos de financiamento de longo prazo, produção e geração de empregos”, diz a entidade.

Segundo a Firjan, o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento, anunciado pelo governo, não será suficiente. “O cenário atual requer um ajuste fiscal verdadeiro, livre de artifícios contábeis e que efetivamente reduza a pressão exercida pelo consumo do governo sobre a demanda”.

A Firjan voltou a defender o ajuste “persistente” das contas públicas, “apoiado na adoção de um plano fiscal plurianual detalhado, transparente e de fácil acompanhamento pela sociedade”. A entidade afiança que somente assim, o país atingirá um patamar de crescimento elevado, com inflação sob controle.

 

Edição: Aécio Amado