Ataques criminosos mudam rotina do carioca

25/11/2010 - 20h57

 

Douglas Corrêa

Repórter da Agência Brasil

 

 

Rio de Janeiro – A ação do crime organizado queimando ônibus, vans de transporte de passageiros e carros de passeio fez com que a rotina do carioca mudasse completamente. As ruas da cidade estão praticamente desertas. Muitas empresas liberaram seus funcionários mais cedo e com a redução das linhas de ônibus em funcionamento, as pessoas estão encontrando dificuldade para chegar em casa.

 

O carioca acostumado a comemorar nos bares e restaurantes, com uma cervejinha e um bate-papo no final do expediente, deixou esse hábito de lado, devido ao clima de terror implantado por uma facção criminosa.

 

De acordo com o Sindicato dos Bares e Restaurantes do Rio, houve uma redução de 15% no número de clientes na maior parte do comércio, com alguns registrando até 20% de frequência abaixo do normal. A estimativa para esta noite é de uma queda de 30% no número de frequentadores. A situação é mais preocupante na zona norte, onde shoppings e outros centros gastronômicos fecharam as portas mais cedo.

 

Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e de delegacias especializadas da Polícia Civil que ocupam a Vila Cruzeiro, na Penha, encontraram fardas falsificadas do Bope no interior da comunidade. Em uma casa no alto da favela, a polícia apreendeu várias granadas e partes de armas desmontadas.

 

O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse que as ações contra o crime organizado contarão a partir de amanhã (26) com o reforço de 300 homens da Polícia Federal.

 

Por causa dos ataques praticados pelos bandidos, roubando e incendiando ônibus e carros de passeio em vários pontos da região metropolitana do Rio, a Viação Nossa Senhora da Penha, que atende aos moradores do bairro da Penha, decidiu retirar mais de 130 ônibus de circulação no fim da tarde, temendo novas ações de bandidos contra os veículos da empresa.

 

Edição: Aécio Amado