Mato Grosso tem a sexta votação mais cara por eleitor no país

01/10/2010 - 23h14

 

Danilo Macedo

Enviado Especial da Agência Brasil

 

Cuiabá - As eleições deste ano no estado de Mato Grosso, um dos maiores produtores de grãos do Brasil, com alta concentração de agroindústrias, custarão R$ 10,6 milhões à Justiça Eleitoral. Segundo o secretário de Administração e Orçamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), Nilson Fernando Bezerra, o estado tem o 12º maior custo absoluto do país. Em valor relativo, no entanto, é o sexto mais caro, gastando em torno de R$ 5 para cada eleitor.

 

“Temos populações indígenas em áreas isoladas e municípios muito distantes”, disse Bezerra. O estado tem 903 mil quilômetros quadrados – é o terceiro maior do país - e 141 municípios. O território mato-grossense têm três grandes biomas: Amazônico, Cerrado e Pantanal. Em algumas aldeias indígenas – entre elas uma em que a população ainda é nômade -, as urnas terão que ser levadas de helicóptero. Aviões e barcos também serão usados para o transporte até algumas localidades.

 

O secretário disse que em caso de decisão em primeiro turno, o gasto total será reduzido em 15%. Entre os maiores custos estão a alimentação das cerca de 45 mil pessoas que trabalharão no no processo eleitoral, com R$ 1,8 milhão, e o transporte de materiais (R$ 900 mil) e das urnas (R$ 700 mil) para as 7.050 sessões eleitorais.

 

O número de eleitores do estado é de 2.095.825, dos 3.001.692 habitantes. A maioria dos municípios, mais de 100, tem menos de 20 mil habitantes. A cidade mais populosa é a capital Cuiabá, com 550.562 moradores, seguida por Várzea Grande, com 240 mil, e Rondonópolis, com 182 mil.

 

Edição: João Carlos Rodrigues